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quarta-feira, abril 28, 2004

Alma Gemea

Foste tu a flôr
que eu colhi e juntei ao peito,
qual vaso de pêlo, de pele, de carne,
de músculo ... de coração.

Tuas raízes rasgaram-me por dentro,
qual veneno vertiginoso,
no carril das veias ainda virgens,
de loucura e arrependimento.

Tocaste no ponto,
naquele ponto que procuro esconder,
naquele lugar que só poucos,
muito poucos
atingem em mim.

Acariciaste a alma,
essa mesma,
e reparaste no reflexo da tua,
unindo-se à minha
tornando-se uma só.

Dessa união brotou uma brisa
fresca e reconfortante,
vinda do teu hálito,
que meu se tornou também,
e remendaste-me,
com a paciência típica de quem ama.

E como eu estava carente de amor...

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