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terça-feira, agosto 10, 2004

As tropas partiram nos cavalos a caminho do campo de batalha. O General cauteloso enviou alguns dos seus mais bravos guerreiros na frente. Tinha a certeza de que eles encontrariam qualquer vestígio de emboscada e assim evitariam que as restantes tropas sofressem um desaire antes de tempo. Com duas horas de avanço lá partiu o grupo dos duros, tomaram como sua a responsabilidade da vitória sobre um exército temível! Tão temível quanto secreto. Após algumas horas de viagem encontraram um grupo de antigos combatentes que após tomar conhecimento do que se estava a passar, prontamente se colocou ao dispôr dos grandes guerreiros para os ajudar a evitar emboscadas. Antes de aceitarem esta ajuda os guerreiros conferenciaram entre si e logo houve quem desconfiasse desta ajuda, por isso para evitar uma discussão que colocasse em risco a união e a missão um grupo de guerreiros preferiu ficar para trás e juntar-se ao Exército. E assim foi. Os grosso dos guerreiros foi aumentado com a nova ajuda e partiram, arrancaram cavalgando furiosamente abrindo o caminho para o seu exército que deveria vir com 2 a 3 horas de atraso. Entre florestas e vales, entre passagens de rios e montanhas, o primeiro grupo de guerreiros marcou trilhos e chamou a atenção para possíveis locais de emboscada e assim cada vez que o General e o seu exército chegavam a uma encruzilhada lá estava assinalado o caminho que deveriam seguir. Orgulhoso das suas tropas e dos seus grandes guerreiros que lhe abriam caminho decidiu acelerar a marcha, tinha a certeza que o temível exército não poderia bater as suas tropas! Em frente, gritavam os comandantes, depressa, exigiam.
Após uma longa semana de viagem o General encontrou vestígios de uma luta entre os seus Guerreiros e outro inimigo. Mas que inimigo seria tão brutal ao ponto de matar tantos dos seus guerreiros? Quem teria tido a força e a coragem para eliminar tantos dos mais bravos guerreiros alguma vez vistos? Quem? Pelo seu Deus jurou vingança. Todos os que não estivessem ao lado do seu Exército seriam dizimados. Todos os que não partolhassem dos seus ideiais, das suas lutas seriam esmagados! E assim montou o seu cavalo. A raiva que lhe escurecia os olhos era semelhante ao do maior eclipse já sonhado! Parecia que os olhos lhe haviam desaparecido. E partiu com o seu Exército em direcção à cidade mais próxima. Cidade famosa pelas suas noites de boémia e pelas belas músicas que lá nasciam, no entanto esta cidade sempre se mostrou relutante em cantar para o General e por isso seria a primeira. Dois dias de viagem e estariam lá. Com a fúria o General obrigou o seu Exército a chegar lá em 1 dia. Cercou a cidade e ordenou ao seu alcaide que se rendesse e que confessasse a morte dos seus queridos guerreiros! Confessa gordo imundo, sei que fostes tu, gritava e cada vez mais alto. E quando estava pronto para queimar a cidade os guerreiros que se tinham separado para voltar para o Exército gritaram: "pare meu General! é um erro!PAre"
O General com tanto de raiva como de surpresa por ver tais fantasmas até caiu do cavalo e perguntou aos Deuses se estava louco. Poderia algum dos seus guerreiros ter sobrevivido a tal massacre? Um dos Guerreiros saltou do cavalo e logo se ajoelhou perante o General que com a ajuda de dois homens se levantava.
"Parei! Estáis a cometer um erro! Por desavenças entre nós decidimos ficar para trás e vimos tudo...não foi um forte adversário que derrotou os meus irmãos! Foi a boa vontade, foi a vontade de querer acreditar que todos são nobres!Deixai o gordo alcaide e esta cidade em paz! Era este o plano dos nossos inimigos. Eles nem são em número que se compare ao nosso. Por cobardia fizeram alianças e actuam pela calada da noite. O plano deles resultou com os nossos irmãos. Quando eles mais confiavam mataram-nos e nem foi preciso grande luta...estavam a dormir. E eles confiavam no vosso medo, no vosso ódio para atacardes todas as aldeias, todas as legiões e desta forma arrajarmos mais inimigos e para nos desgastarmos até não podermos combater e ai a Guerra seria deles!"
Perante tal revelação o General caiu sobre os joelhos e a chorar confessou: eu apenas queria afastar este medo, este ódio de poder vir a estar sózinho. Sei que sou capaz e não queria que pensassem que estava acabado. Quis mostrar a todos que vivo, que gracejo, que ainda sou General e com isso pus todo o meu povo em risco, com isto acusei e quase massacrei um povo que nada de mal fez. Quase vos perdi, os meus melhores Guerreiros, aqueles a que neste momento posso chamar amigos...
Perdoai-me! Estava cego! Mas vos garanto que mais não volto a fazer juízos toldados pela raiva e pelo medo e não mais porei em risco a vossa, a nossa preciosa vida!


Escrito algures nos tempo

1 comentário:

Anónimo disse...

As lutas que se travam têm sempre melhor gosto quando a vitória é justa!