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terça-feira, julho 20, 2004

Ás vezes tenho estes dias assim em que não consigo enfrentar o mundo do trabalho. Nestes dias tenho de ser livre, de me imaginar longe da clausura de quatro paredes, de sonhar com uma praia, oculta entre os rochedos onde só eu possa estar, onde ninguém me possa ver. Onde eu possa levar o meu amor, físico e mental, onde possa deixar o meu ódio, o meu medo fugir pelo meio das rochas
 
Um sítio longe de todos em que eu me possa encontrar, em que possa olhar o céu, sentir a brisa do vento, tocar o mar, molhar-me, lavar a alma. Nestes dias todos os pretextos servem. A falta de trabalho, uma qualquer doença, a morte de alguém. Tudo penso, tudo utilizo para poder ficar em paz, para poder sobreviver a este dia incólume e acordar amanhã livre...
Penso como seria  a vida sem a morte, provavelmente não a aproveitariamos, passariamos pela vida sem a saborearmos. Andariamos 1000 anos como fantasmas, como lapas, agarrados a uma existência mesquinha, apenas viveriamos.....jamais saberiamos o que é a saudade, o amor para toda a vida, nada!!
Nunca estamos preparados e por isso temos de tentar viver com muita alegria e da melhor maneira. Foi isso que fiz hoje. Talvez não da melhor maneira ou com grande alegria, mas com muita vontade de ser livre, muito livre....
Talvez não percebam, talvez percebam........

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