Rock in rio dos pobres.
Uns do lado do muro, outros do outro lado.
Uns, com direito a suor, perdigotos e músicos de perfil.
Outros com o som com um nada menos de qualidade, mas com a vista panorâmica sobre a lateral do improvisado palco.
Perdi os foguetes, mas ainda ouvi a melhor parte. Tim a cantar a lanterna dos afogados, o dueto com a Mariza, Sétima Legião e um Imagine de John Lennon cantado por alguns dos melhores que este país tem. De borla, ali estavam Tim, Zé Manel, Luis Represas, Jorge Palma e Mariza.
Música ao vivo é outra coisa. Não sei se valeu a pena tanto tempo parado sem saber porquê, mas foi um final de caminhada de luxo.
E o bébé tão pequeno já assistiu ao que para muitos seria o concerto de uma quase vida.
De um lado os ricos, os que trabalham e mesmo assim ficam do outro lado do muro, do outro ficam os pobres em espírito, com a pseudo-mania do jet set.
Afinal quem é pobre?
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