Futebol

Não é bem aquilo que se joga por aqui....

Natacha filha, ajuda a tua irmã a pôr a mesa

Limites

Acho que já ultrapassei todos os limites do razoável no meu trabalho, no entanto, o medo do desemprego supera a certeza de ter de mudar. Não tenho feitio para esconder, mentir e enganar. Todos os dias tenho de inventar números, esconder   transferências e no fim está tudo bem entre os accionistas e eu é que sofro. A verdade é que rapidamente passo a descartável e o meu corpo e mente não resistem a tanto mal trato. Porra porque é que não consigo encontrar um trabalho normal? Um trabalho que me pague as despesas mas que me deixe são.

O k manda a m

Vir ver do meu trabalho.....

Ele há dias assim

Que raio de dia tão dificil.

Sinto-me cansado, desmotivado, com dores….pareço um velho sujeito à muda do tempo.

Foi um ano difícil, com batalhas que não pertencem a guerra nenhuma e que agora, ao final de três meses do novo ano se reflectem em falta de paciência, de vontade. O meu corpo parece em shutdown.

Bem que tento colocar o meu melhor ar mas, à medida que escrevo, sinto-me a falhar, completamente.

Não sei se é desgaste da vida que tenho, se é apenas do trabalho, a verdade é que tudo me parece negro e, ao contrário de outras situações, nem a força para ver empregos pareço encontrar.

Se calhar o meu amigo tem razão, devia ir a um médico.

Acho que ainda tenho o discernimento capaz de perceber que o trabalho me está a afectar.

Quero que seja o trabalho.

Afinal, não terei grandes razões de queixa do resto…filhos, pais, família (muito ao longe), os amigos que cultivei (e que vão secando), casa e carro. Uma posição profissional de nome…….olhando assim até parece, mas então porque é que tudo me sabe a pouco?

E a cansado?

A velho?

A acabado?

Não sei sinceramente o que se passa mas sinto que a minha hora aqui está a terminar.

Não acredito nos donos, quase nem oiço a minha chefe e quanto a mapas e mapinhas, não me apetece fazer um, um que seja. Nada, rien, zero, nothing……nada!!!!!!

E depois neste escritório está uma energia muito negativa, própria de velharias, de pessoas que só estão bem de trombas.

E isto tudo afecta-me.

Afecta-me!

E depois a falta de praia, de uns dias “longe” do mundo também me levam para esta letargia, esta solidão. As saudades que eu tenho de sol no rosto e da água do mar no corpo….pareço uma sereia a escrever.

Mas a verdade é que sinto falta do verão…não dos dias de verão mas dos dias de descanso no verão……que bem me soube um fim de semana numa praia “meia”.

Apetece-me berrar, cantar e chorar.

Apetece-me levantar, sair e não voltar.

Apetece-me virar costas e receber de frente uma nova oportunidade, uma nova vida.

Apetece-me mandar à merda ou ir atrás.

Apetece-me tudo menos este sentimento que hoje sobressai.

Apetece-me estar sózinho mas rodeado de gente. Gente boa.

Apetece-me não me apetecer.

Quero jogar, ir à praia, dormir e fornicar.

Quero uma vida diferente, mas não sei qual.

Quero seguir com esta vida, mas não sei como.

Quero, quero, apetece-me.

Como diria o Variações, neste momento só estou bem onde não estou.

Triste sina a minha: ser feliz, infeliz….ou ser infeliz na felicidade.

Estou triste.

Estou frustrado.

Estou desgastado.

Estou aqui.

Estou além.

Estou longe.

Longe!

Longe de querer estar aqui.

Cars

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