Páginas

domingo, junho 26, 2011

Morangada

Falou-se a determinada altura da geração morangos com açúcar. Era moda ser da geração morangos com açúcar. Era um incentivo ao que era nacional e supostamente retratava uma geração, um quotidiano. Para mim sempre foi uma má moda. A moda dos cabelos à deficiente, a moda dos que não têm aptidão para ser actores e o tentam (salvo uma ou outra excepção). Os morangos com açúcar são para mim uma espécie de hora perdida por dia e se há alguma coisa que se facto ensina é a de que as crianças de hoje em dia são cada vez mais parvas e influenciáveis. Do cabelo ao vestir. Do terem a mania que já são gente. Só me consigo lembrar de um assaltante que antes de consumar o delito dê uns (maus) passinhos de dança ou cante com alegria uma qualquer péssima letra a copiar uma outra música estrangeira, tudo porque viu os morangos com açúcar.
Isto tudo para dizer que nunca achei que os morangos fossem exemplo para ninguém seguir e por estes dias mais um mau exemplo do que crianças elevadas a estrela e sem nenhum suporte ou cultura pode levar. Já foi o Dino, já outro pobre coitado esteve no hospital e agora a espécie de cantor que é Angélico. Sinceramente não critico o rapaz pelo que aconteceu estes dias. Critico por tudo aquilo que para mim representam e que só pode dar nisto: irresponsabilidade, imaturidade, mania que estão acima de alguma coisa na vida, porque são morangos com açúcar.
Espero que o rapaz recupere. Espero que a outra vítima esteja bem e desejo que a vítima mortal, pouco ou nada tenha sentido. Acima de tudo espero que esta pseudo-geração perca mais tempo a pensar na vida do que a arranjar o cabelo.

Com isto, me vou.
Não que vá para longe, porque ressaco, porque me iria chatear e porque iria maltratar alguém. Assim todos ganham. E eu ganho umas horas de calma. Muita calma.

Sem comentários: